terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Som Analógico e Digital, e Formatos de áudio digital.

Som analógico. Ondas sonoras são as oscilações do ar, que vão variando ao longo do tempo de acordo com as características dos sons. Um microfone as reconhece, por uma membrana, e cria uma corrente elétrica que varia de forma análoga (semelhante) a elas. Essa corrente é o sinal elétrico, analógico, do áudio. Esse sinal passa pela mesa e outros circuitos e entra num gravador. O cabeçote recebe o sinal elétrico e vai magnetizando a fita enquanto ela passa, de acordo com a voltagem do sinal de entrada. As partículas metálicas que cobrem a fita vão mudando de posição, de acordo com o maior ou menor magnetismo. Para tocar a fita, ocorre o inverso: quando ela passa diante do cabeçote, este reconhece o magnetismo das partículas a cada instante, recriando o sinal elétrico, que segue pelos circuitos até ser transformado novamente em som mecânico (vibrações do ar) pelo alto-falante.

Som digital. O gravador digital recebe o mesmo sinal elétrico, mas ele entra primeiro num conversor analógico-digital (AD). O conversor “redesenha” a onda sonora, medindo a variação da amplitude em milhares de pontos por segundo. Essa imensa lista de volumes é gravada na fita ou num disco magnético ou óptico como bytes de computador (dígitos). Para reproduzir o som, o cabeçote lê a fita ou o disco e envia esses dados a um conversor digital-analógico (DA) que liga os pontos e transforma de novo essas informações em sinal eléctrico.

As razões da polémica. A primeira grande diferença é que no áudio digital não há ruído da fita. Uma fita analógica, mesmo virgem, tem um ruído de fundo. O posicionamento das partículas, na fabricação, nunca é perfeito. Num gravador digital, o conversor de saída (DA) só transforma em sinal elétrico os dados que tiverem sido digitalizados. Não é o caso do ruído original da fita. Ignorando o ruído, o gravador digital fornece um som mais limpo e cristalino. Assim, tornam-se totalmente desnecessários os filtros de ruído de fita, como os Dolby e DBX. O mesmo se aplica às mesas e outros aparelhos digitais.

- Real Áudio
Este formato com perdas projectado pela empresa Progressiva Networks,é um formato muito padronizado e era, até pouco tempo atrás, o formato mais comumente encontrado na Internet (provavelmente por ter sido o primeiro).Até que a “MP3mania” tirou sua coroa, graças ao pessoal que descobriu que o MP3 era uma excelente forma para fazer “troca de músicas”, via páginas HTML,FTPs e serviços como os antigos Napster e Kazaa.

-Wave
O formato do arquivo Wave (.WAV) foi criado pela IBM e pela Microsoft nos anos 80. É utilizado em programa profissional que processa áudio digital. Ele leva em conta algumas peculiaridades de processadores Intel,como ordem de byte “little endian”.

-MP3
O formato MP3 (MPEG Layer 3) foi criado nos anos 80 pelo Instituto Fraunhofer,justamente com a Universidade de Erlangen,e é um formato padronizado. Hoje, as patentes em relação ao MP3 pertencem á Thompson & Fraunhofer IIS,e são licenciadas pela Thompson.Muitas pessoas pensam que o MP3 é “gratuito”,mas é preciso de uma licença para vender produtos que codifiquem ou decodifiquem MP3,bem como produtos que façam broadcast de conteúdo em MP3 comercialmente.
O MP3 é um formato com perdas,podendo comprimir áudio em taxas de até 12:1,e prover uma boa qualidade sonora.Entretanto,o MP3 já apresenta claros sinais de idade,e existem várias outras opções disponiveis que produzem resultados de melhor qualidade,tanto em termos de tamanho do arquivo,quanto na qualidade sonora.

Codecs:

Tipos -

Existem dois tipos de codecs:

§ Sem perdas.

§ Com perdas.

Codecs sem Perdas

Os codecs sem perdas são codecs que codificam som ou imagem para comprimir o arquivo sem alterar o som ou imagem originais. Se o arquivo for descomprimido, o novo arquivo será idêntico ao original. Esse tipo de codec normalmente gera arquivos codificados que são entre 2 a 3 vezes menores que os arquivos originais. São muito utilizados em rádios e emissoras de televisão para manter a qualidade do som ou imagem.

Exemplos desse tipo de codec são o flac, shorten, wavpack e monkey's audio, para som.

Para vídeo, HuffYUV, MSU, MJPEG,H.264 e FFmpeg Video 1.

Para imagens, temos os formatos PNG e TIFF.

Codecs com Perdas

Os codecs com perdas são codecs que codificam som ou imagem, gerando uma certa perda de qualidade com a finalidade de alcançar maiores taxas de compressão. Essa perda de qualidade é balanceada com a taxa de compressão para que não sejam criados arte fatos perceptíveis.

Por exemplo, se um instrumento muito baixo toca ao mesmo tempo que outro instrumento mais alto, o primeiro é suprimido, já que dificilmente será ouvido. Nesse caso, somente um ouvido bem treinado pode identificar que o instrumento foi suprimido.

Os codecs com perdas foram criados para comprimir os arquivos de som ou imagem a taxas de compressão muito altas. Por exemplo, o Vorbis e o Mp3 são codecs para som que facilmente comprimem o arquivo de som em 10 a 12 vezes o tamanho original, sem gerar arte fatos significativos.

Exemplos de codecs com perdas são o Ogg Vorbis, MP3, AC3 e WMA, para som. Para vídeo, temos o Xvid, DivX, RMVB, WMV, Theora e Sorenson. E para imagens temos o JPEG.

Eduardo Pinheiro

Rúben Baptista